Em nome do Nome

de Edson Gonçalves Ferreira

para Claraluna, Malubarni, Susana Custódio, Celina Figueiredo,

Zé Albano, Tera Sá, Isabel Fontes, Alexa Wolf,

Guilherme Sodré, Jacó Filho, Henricabilio, Andalaquim Andre,

Teris H. Filho, Sônia Ortega, Zélia Nicolodi, Regina Bertolucci,

Hathlen Lessa, Sílvia Regina, Angela Gurgel, Maria Olímpia,

Sunny Lora, Dulcinéia e poetas e leitores do Recanto

O primeiro lugar nem sempre é o melhor

No cinema e no teatro, temos que espichar o pescoço

Assim, na frase, o pronome pessoal do caso oblíquo

Já sendo oblíquo não quer ficar mais torto

Em língua portuguesa boa, privilegia-se, sempre, a ênclise

O pronome aparece solene e pomposo como na frase

Amo-te com um amor desdobrado

Essse amor, língua é tamanho, que respeito a colocação pronominal

Quando não preciso da licença poética

Sim, porque só podemos usar o pronome antes dos verbos

Quando aparecerem palavras atrativas: conjunções, advérbios...

Não te ultrajo, última flor do Lácio, porque és bela

Vejam o te foi seduzido pelo não

E, quando, solenes, usarmos as formas maravilhosas

Esplêndidas do futuro do presente e do pretérito

Como eu explico para meus alunos

Para dar maior beleza ao texto, temos a mesóclise

O pronome no meio do verbo

Imaginem a cena cinematográfica

O galã de terno e gravata numa ponte maravilhosa

A estrela de longo e, quando ele chega perto dela, diz:

_ Te beijarei agora! -- Não, não dá...

Aí, cabe a mesóclise: _Beijar-te-ei agora

E a dama então até desmaia de paixão.

Divinópolis, 24.05.09

edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 24/05/2009
Reeditado em 24/05/2009
Código do texto: T1612414
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