um outono
sonoro, lépido e fugaz OUTONO
o da despedida...
de repente desprende-se do galho, a última folha!
antes vigorosa... agora inerte, sem vínculo... marmórea...
como todo sonho desfeito.
por vezes somos assim:
a última folha a cair, a desprender de um galho imaginário,
cujo sustentáculo é a vida, que oscila entre um curto ou longo período de existência!
como a folha, servimos...amamos...demos e damos amor...adornamos o único tronco que nos prende...
como poucas folhas, despojada e serena!
de repente, desprende-se e se vai!
assim somos, assim são os sentimentos que cultivamos...
e assim se vai como um OUTONO que se despe, pra surgir "dinovo"!
mas não é o fim...
o OUTONO provocado pela ruptura de afetos também se dá pela ausência deles...
mas não é o fim!
É preciso que haja!
TUDO é refeito...
mas a folha se foi...
e tantas também seguirão os seus passos...
e esse foi sei último OUTONO vivido cujo torpor do abandono seguirá...
e a doce lembrança de sua existência, permanecerá...sempre!
em outras vidas, em novas vidas.
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