um outono

sonoro, lépido e fugaz OUTONO

o da despedida...

de repente desprende-se do galho, a última folha!

antes vigorosa... agora inerte, sem vínculo... marmórea...

como todo sonho desfeito.

por vezes somos assim:

a última folha a cair, a desprender de um galho imaginário,

cujo sustentáculo é a vida, que oscila entre um curto ou longo período de existência!

como a folha, servimos...amamos...demos e damos amor...adornamos o único tronco que nos prende...

como poucas folhas, despojada e serena!

de repente, desprende-se e se vai!

assim somos, assim são os sentimentos que cultivamos...

e assim se vai como um OUTONO que se despe, pra surgir "dinovo"!

mas não é o fim...

o OUTONO provocado pela ruptura de afetos também se dá pela ausência deles...

mas não é o fim!

É preciso que haja!

TUDO é refeito...

mas a folha se foi...

e tantas também seguirão os seus passos...

e esse foi sei último OUTONO vivido cujo torpor do abandono seguirá...

e a doce lembrança de sua existência, permanecerá...sempre!

em outras vidas, em novas vidas.

-/-

Margarida Di
Enviado por Margarida Di em 25/05/2009
Reeditado em 14/01/2010
Código do texto: T1613535
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