Corpus Christi

Pena

Vinho

Asco

Fresias azedas na cama

Ela se foi

E deixou a seda

Arco completo

Festejo

de frustração repleto

Jogatina braçal e baralho marcado

Vinho de textura duvidosa

Pele beirando a sal

Pele temperada a sal

Videira e campo farto

Estufado

Embriagado

Ela vendeu o corpo

e bebeu do tolo

Cetro na mão

Trejeito de macaco

Jangada furada no porto

beleza sangrando no fosso

Veneno duvidoso

Mal em lenços de seda

Fartura na mesa

Se foi o que perdemos

Façamos uma prece

Preces são ouvidas

Sempre...

nos sussurros de noite adentro

Tudo é solene e tocante

Mas dar corpos a fome não é respeitoso