Rosa ousada

A rosa melancólica se despedaçou,

E as pétalas foram com o vento que as levou,

Jogando-as num terreno baldio...

Formando assim um amor tardio

No coração de quem nunca amou...

No terreno em que nenhuma rosa ousou

Fazer morada, habitar...

A rosa ousada decidiu brotar.

Correndo riscos, porém com brio

A rosa habitou o coração sombrio

E assim se fez feliz a melancolia,

E se fez fértil a terra vazia,

E se fez amor da melancolia,

E se fez amor na terra sombria.

Era uma vez a lágrima e a dor...

Delas nasceram um grande amor,

Numa terra onde o horror

Zomba e faz piadas de tal sentimento.

Que na verdade é quase inexistente

Na boca de toda essa gente,

Que vulgariza e ridiculariza palavra tão bela,

Como a caricatura de uma fera.

O que na verdade é errante,

Para o relato de um coração amante.

Maicon Merlin
Enviado por Maicon Merlin em 27/05/2009
Reeditado em 25/07/2009
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