Re:Pecado Matinal

Palavra que me flúi na alma

Em forma de terço

Ampla manha que me desperta num só suspiro

Inspiro, expiro e navego em veias que corre à força de sangue

Descrição da composição de letras que tu entendes sempre.

Não tenho jeito nem enjeito para compor poemas

Não tenho rimas nem certos que me acolham os segredos

Não sei fazer duplix

Talvez seja um erro

Não sou poeta

Nem poema

Verso ou terceto

Não cumpro regras nos textos nem na vida

Melancolia que escreve

Saudade que transporto

Medo do enredo que me atropelo

Vida anestesiada pelo todo e pelo nada

Que tu ora me entendes ora me esqueces.

Perdoa-me esta manhã

Este amanhecer

Desperto pelas tuas palavras

Emblema da vida

Sedução rara!

Qual mapa

Qual astros

Qual escrita narrativa

Qual vida activa.

Isto sou eu!

Fruto do pecado matinal

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 24/05/2006
Código do texto: T161857