O beijo da lua

Solidão,

Sofrida,

Injusta.

Rasga-lhe

De pranto

O coração.

Não o

Deixa fugir.

Prende-o.

E rende-se

A ela.

A Solidão

Torna-se

Parte

Do solitário,

Torna-se amada

Um pecado querido.

Fundem-se

Os dois

Como noiva,

E companheiro.

E juntos,

Enrolam-se

Em sua

Própria dor.

Sem

Denúncias!

Em busca

Do nada!

E o nada vem,

Como manto

De púrpura

Cobrir

A nudez

Da alma

Solitária

Que anseia

Por amor.

E surge a tristeza,

E rouba a magia,

A alegria de viver.

O só,

Sofre calado.

Não conta

A ninguém.

Não tem

Com

Quem dizer.

Do medo

De perder.

Do medo,

De receber,

O espírito

De sol,

Que como

Beijo da lua

Faz-lhe

Suaves

Carícias

Na face

Conturbada,

Derramada

Em lágrimas.

Afaga-lhe

Os sentimentos

Mais profundos

Mais íntimos.

Até fazer

Compreender

E aceitar,

A beleza

Apaixonada.

Que como

Sopro de fada

Abre-lhe os olhos

Para despertá-lo,

Do sono

De morte

Da solidão!

Maria
Enviado por Maria em 24/05/2006
Reeditado em 04/06/2011
Código do texto: T161880