MORTE DE UM INOCENTE

Vai surgir a madrugada,

Na mata a alegria da vida,

Ouve-se o som da cascata,

A voz do rio,

O cantar dos pássaros,

O alegre som dos animais.

E na cidade um homem...

Um homem caçador,

Que, de arma em punho,

Empunhando uma arma,

Parte a esta mata,

Onde reina a alegria...

Alegria de viver na liberdade.

Mas este homem caçador,

Que de arma em punho,

Empunhando uma arma,

Faz sua mira, dispara,

Na mata o silêncio...

Silêncio, tétrico silêncio,

A cascata silencia,

Os rios se calam,

Os pássaros emudecem,

Os animais ficam estáticos.

Após o disparo na mata,

Nota-se caindo, sem vida,

Inocente um pássaro,

Que tomba por terra...

Terra que torna-se vermelha,

Pelo sangue derramado,

Ouve-se então, um trovão,

O sol esconde-se,

Sente-se uma lágrima...

Lágrima da natureza,

Que se torna chuva,

O dia tornou-se noite,

Antes de surgir à alvorada.

Aquele pássaro,

Agora sem vida, sem sangue,

Permanece na terra,

E o homem, o caçador,

Que para proteção fugiu,

Sem importar-se com a vida...

Com a vida ou a morte.

E a natureza chora,

A perda de um filho,

Na mata só se ouve,

O som da chuva, dos trovões.

Este é um dia de silêncio,

Pela morte de um irmão.

Passa-se o dia, surge a noite,

Param de cair as lágrimas,

No céu surgem estrelas...

Estrelas mil... mil estrelas.

Passa-se da noite ao dia,

As cascatas, os rios,

Os pássaros, os animais,

Fazem suas melodias,

Vivem livres na alegria,

Esquecem do pássaro,

Que sem vida,

Permanece sob as folhas,

Que inocente sem saber,

Por que perdeu a vida,

Na mira de um caçador,

Que nada sabe de amor,

Que causou tristeza e dor.

Só restou por testemunha,

Uma gota de sangue...

Sangue que lavou a terra,

Sangue de um pássaro,

Que inocente morreu...

morreu...

Ernesto Ehmke
Enviado por Ernesto Ehmke em 28/05/2009
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