Cavaleiro andante ...

No olhar de horizonte distante,

descubro ruas tortas e nuas.

Planícies de lembranças tantas...

montanhas vestidas de alturas,

calçadas em tuas botas de léguas, meu cavaleiro andante !

Verdes visgos, vórtices, visagens,

Moinhos que rodam ventos de ternuras...

Quereres grudados nas espirais do tempo,

girando nos olhos, na boca,

nas mãos de mel e fel das lonjuras.

Quantas batalhas ainda cingirão teus sonhos ?

Quantos rasgos me apartarão tua figura ?

Nada importa aos guerreiros senão querê-las,

enquanto no olho arregalado do céu que se mira,

houver o brilho daquela estrela .