NÃO QUERO
NALDOVELHO
Não quero a letra fria,
mal intencionada e perversa
a promiscuir-se em meus versos,
pois a ela só interessa
destruir a emoção.
Não quero a rima obscura,
corrompida e grosseira,
a envenenar meus poemas
e a acasalar-se obscena
às lembranças, histórias, guardados.
Não quero a imagem obtusa
a poluir minha saudade
com racionalismos, verdades,
aprisionando-me os sonhos,
reclusos na desilusão.
Prefiro chorar meus poemas,
inquietos, ingênuos, repletos,
pois só assim eu me confesso
visceralmente completo
e mantenho a chama acesa
em meu coração.
Que venham então as lágrimas
ardidas em versos agudos, cantigas,
em rimas incidentais e dispersas,
pois ao poeta o que mais interessa
é dar asas a imaginação.
NALDOVELHO
Não quero a letra fria,
mal intencionada e perversa
a promiscuir-se em meus versos,
pois a ela só interessa
destruir a emoção.
Não quero a rima obscura,
corrompida e grosseira,
a envenenar meus poemas
e a acasalar-se obscena
às lembranças, histórias, guardados.
Não quero a imagem obtusa
a poluir minha saudade
com racionalismos, verdades,
aprisionando-me os sonhos,
reclusos na desilusão.
Prefiro chorar meus poemas,
inquietos, ingênuos, repletos,
pois só assim eu me confesso
visceralmente completo
e mantenho a chama acesa
em meu coração.
Que venham então as lágrimas
ardidas em versos agudos, cantigas,
em rimas incidentais e dispersas,
pois ao poeta o que mais interessa
é dar asas a imaginação.