DOCE INUTILIDADE

uma mulher a dormir como quem espera uma sombra,

passou um sol, e mais outro sol,

e ela a dormir

[mansa]

qual uma mulher que jamais sentiu sombra

caiu menina,

com pouca vontade de querer amar,

e ainda a dormir está,

[mansa]

sem que nenhum homem viesse a ver em sono,

sem nunca ter sido tocada pela sombra

passou um sol, e mais outro sol,

tudo passou,

e ela ainda dorme,

[mansa]

sem sequer ter tido alguém que deitasse ao seu lado

dormiu até a morte à espera de uma sombra:

não perdera absolutamente nada!

Djalma Filho
Enviado por Djalma Filho em 04/06/2009
Reeditado em 01/09/2009
Código do texto: T1632532
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