DESILUSÃO

Numa folha de papel

Numa frase, uma palavra cruel,

Mostra que uma historia real

Às vezes nas deixa muito mal.

Antes eram escritas palavras suaves

Que nasciam e voavam como aves

Hoje falta inspiração

Sobra desilusão.

Eu juro que menti ao jurar

Que podia sozinho caminhar,

Não quis mais falar

A palavra que me faz sonhar

Fui ao extremo da solidão

Encontrei o mínimo de paixão.

Numa nuvem nos céus

E com seus olhos nos meus

Descobri a verdade escondida

Numa palavra, numa vida.

Disfarcei as minhas mentiras

Mudei algumas de minhas conversas

Acabei de vez com minha utopia

Mas na utopia, era onde eu existia.

Quis escrever cartas, sem ter pra quem mandar,

Quis entrar em outro caminho, mas não pude voltar.

Tudo termina sem ter um fim

Tudo termina, mas continua sendo assim,

Sempre papéis, e lápis na mão,

Sempre flores, e corpos na chão.

José Borges Neto
Enviado por José Borges Neto em 05/06/2009
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