E eu construí
Uma casa de teto bonito,
com paredes em puro granito,
azulejo em todo canto
a brilhar, a colorir.
E o destino começou a sorrir
de mim,
do meu egoísmo,
loucura sem fim.
E eu me perguntava
e lhe perguntava
qual era a graça
que ele me dissesse
desse no que desse
e ele dizia esquece
e não me falava
que faltava o alicerce.
comecei a colorir, forrar, ornar,
pus vidraças de cristais,
globos de ouro dependurados...
... e depois de tudo findo,
tudo tudo muito lindo,
vi o destino sorrindo
da minha casa caindo.
Júlia Carrilho Lisieux
Enviado por Júlia Carrilho Lisieux em 26/05/2006
Reeditado em 30/07/2008
Código do texto: T163690
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