Cinzenta Manhã...

Cinzenta manhã de garoa intermitente,

Obrigando os pássaros dos meus sonhos

Debandarem, quiçá para sempre...

Balada triste repetindo inclemente.

Réstias de esperança que componho,

Tentando evitar o começo do fim,

Fugindo das lembranças, de mim...

Floresta, caminho fechado,

Sem atalhos, sem retorno ...

Olhar estrábico, visão empobrecida,

Mergulho no nada da vida...

E ali no vazio descubro minha alma,

Sem energia, tão cansada...

Descrente de tudo que vê e ouve.

Pesarosa, errante, maltratada...

Uma leve brisa sopra... e ela se apaga...

Mary Trujillo

11.10.2004

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 26/05/2006
Código do texto: T163756
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