Passa a Voz!

Spray na cor da fumaça, tela cravada,

Traves de aplicação no jeito, fora de foco,

Vidraça alheia para novos fantasmas,

Reboque caído na teia seca, silêncios,

Adaptadores para vontades avessas,

Voz quase calada espera novas falas,

Lembranças de um passado então recente,

Cinco para dez, nem tanto tempo assim,

Ficou sem a justa razão, por razões obliquas,

Tão sem tempo até para ver o que passa,

Restam saudades, horários tão impróprios,

O toque que o toque estremece, pele,

Talvez algum dia, ainda que mais tarde,

Retorne dobrando a velha esquina, rindo,

Aquele brilho que o desejo aguça,

Por todos os gozos que soube ousar,

A fumaça mal se dissipa, tarde alheia,

Sem prejulgar o tempo, apenas esperas,

Alguma cortina fechada, sem toque de luz,

O brilho que a noite enternece...

Quem sabe!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 08/06/2009
Código do texto: T1639195
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.