VERDADES
 
 
2009
Apesar de parecer
1914, 1939...
Sim, ainda é nessa época
Que estamos vivendo,
Porque a guerra ainda não acabou
Aliás, a guerra nunca teve,
Nem nunca terá fim, nunca!
 
Tantos anos perdidos
vivemos esquecidos
Sem paz, sem amor.
Engolindo a poeira da estrada
Sem entendermos quase nada
sentindo no peito essa dor.

Quanto tempo ao longe sonhamos
Vivermos felizes sem nada temer?
Quantas vezes feridos tentamos
Mas nada mudamos e assim resta viver?

E assim vai passando outra era,
Mas nada de paz, só se fala em guerras.
Como posso cantar? Como parar essa gente?
Como posso gritar paz para tantos "doentes"?
 
Enquanto os homens só pensam
Em algo pra se fortalecer,
Eu caminho rumo ao nada
Sob os prédios feios,
Enfrentando a tal da poluição
Que antes só existia na cidade grande.
 
Enquanto ando vejo em minha volta
tristezas que o homem um dia criou;
Tentando de toda maneira
Ser um Deus supremo, ser o Pai, Senhor.

vejo um velho enlouquecido
Sem ter o ouvido por ouvir canhões,
Um homem falando de paz,
Hoje ninguém mais faz, em forma de canções.

Como posso ser feliz se não encontro amigos?
Somente loucos enraivecidos!
 
E assim passa o tempo lá fora
Enquanto eu louco de medo
Me tranco no meu quarto
Esperando um dia quem sabe
tudo mudar...
É difícil, muito difícil...
 
Maurício Pais
Enviado por Maurício Pais em 09/06/2009
Reeditado em 09/06/2009
Código do texto: T1640793
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