MOLEQUE SAFADO
NALDOVELHO
Moleque safado, virado do avesso,
escreve um poema, tu tens o endereço,
assina teu nome, seduz teu apreço,
arromba a porta ou pula a janela
e toma de assalto quem te desespera.
Moleque safado, da pele orvalhada,
plantou madrugadas na beira do dia,
colheu sentimentos, feitiço e magia,
poesia vadia custou quase nada,
num simples momento bebeu da saudade
e das tramas da vida herdou nostalgias.
Moleque safado, teu nome é desterro,
cidade nublada, não tem cabimento!
Tu tens um segredo guardado no peito,
quer ter uma musa, amante e nua,
quer ter novamente um sorriso abusado
e andando de lado compor um chorinho,
tocar cavaquinho, fumar um cigarro,
tomar um conhaque, fazer serenata.
Moleque abusado, poeta é o teu nome,
não tem sobrenome, nem tem moradia,
mas tens um amor, segredo doído
que eu vou respeitar.
NALDOVELHO
Moleque safado, virado do avesso,
escreve um poema, tu tens o endereço,
assina teu nome, seduz teu apreço,
arromba a porta ou pula a janela
e toma de assalto quem te desespera.
Moleque safado, da pele orvalhada,
plantou madrugadas na beira do dia,
colheu sentimentos, feitiço e magia,
poesia vadia custou quase nada,
num simples momento bebeu da saudade
e das tramas da vida herdou nostalgias.
Moleque safado, teu nome é desterro,
cidade nublada, não tem cabimento!
Tu tens um segredo guardado no peito,
quer ter uma musa, amante e nua,
quer ter novamente um sorriso abusado
e andando de lado compor um chorinho,
tocar cavaquinho, fumar um cigarro,
tomar um conhaque, fazer serenata.
Moleque abusado, poeta é o teu nome,
não tem sobrenome, nem tem moradia,
mas tens um amor, segredo doído
que eu vou respeitar.