Eu e os meus.

Por alguma estranha contingência

Amor

Deus

Sobrevivência

A macacada desce da árvore

Entra na caverna

Multiplica-se

Constrói outras cavernas

Reinventa desenhos

Perde a cauda

desenvolve a bunda

_ alguns ainda a tratam por rabo -

Esquece

Enlouquece

Queima a floresta

Domina predadores

Outras espécies

mais dóceis

em viveiros

gigantescos

E como todo bicho

Busca espaço

Território

Elimina

até no ninho

até os seus

Um dia

macacada acorda

- Alguns -

Sente a loucura

pronta

Pressente o fim

Não desiste

Começa refazer

proximidades

O caminho

São os sobreviventes

Recuperando a razão

Retomando o espírito

Endireitando o instinto

Em outras palavras

É a macacada

Voltando para floresta

Para casa

Se tiverem tempo

Nesse tempo!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 12/06/2009
Reeditado em 28/01/2012
Código do texto: T1645260