DEFINIÇÃO
Estremeceu, meu corpo vibrou, gelou.
Luz, uma luz meus olhos cegou.
Luz, uma luz natural, humana.
Ecoou em meu ser uma melodia,
Notável, singela, pura e bela.
Então, despertei, voltei ao mundo,
Olhei, não acreditando, olhei...
Simples igual a um sorriso,
Tocante tal e qual lágrima,
Fechei os olhos, não crendo,
Abri e diante de mim estava,
Toda a beleza de um ser,
Terna, meiga, inigualável.
Furtivo, temendo, mais perto cheguei,
Sentindo bater forte no peito,
Um coração, nervoso, trêmulo.
Era real, existe, estou vendo.
Senti vontade de tocá-la, senti-la,
Aconteceu, estremeci de alegria.
Sei agora é real... é real,
Existe, não é um ser estranho,
Ou uma criatura anormal,
É uma mulher, simples e bela,
Igual as outras que existem,
Porém diferente, não sei como.
Senti nela um calor... calor humano,
Senti amizade, carinho e ternura.
Senti força, confiança e alegria...
Alegria por saber que ela existe,
Saber como encontra-la e falar...
Falar e ouvi-la, olhar nos olhos,
Senti-la perto, quem sabe toca-la.
Agora fecho os olhos sonho...
Sonho estar ao seu lado.
Sinto vontade de gritar...
Gritar seu nome, mas me calo.
Volto à realidade, triste e alegre.
Triste por não estar ao seu lado,
Alegre por saber que existes.
Agora sei que és diferente,
Sendo igual a todos,
És diferente por estares,
Guardada na minha mente,
Gravada no meu coração...