DEFINIÇÃO

Estremeceu, meu corpo vibrou, gelou.

Luz, uma luz meus olhos cegou.

Luz, uma luz natural, humana.

Ecoou em meu ser uma melodia,

Notável, singela, pura e bela.

Então, despertei, voltei ao mundo,

Olhei, não acreditando, olhei...

Simples igual a um sorriso,

Tocante tal e qual lágrima,

Fechei os olhos, não crendo,

Abri e diante de mim estava,

Toda a beleza de um ser,

Terna, meiga, inigualável.

Furtivo, temendo, mais perto cheguei,

Sentindo bater forte no peito,

Um coração, nervoso, trêmulo.

Era real, existe, estou vendo.

Senti vontade de tocá-la, senti-la,

Aconteceu, estremeci de alegria.

Sei agora é real... é real,

Existe, não é um ser estranho,

Ou uma criatura anormal,

É uma mulher, simples e bela,

Igual as outras que existem,

Porém diferente, não sei como.

Senti nela um calor... calor humano,

Senti amizade, carinho e ternura.

Senti força, confiança e alegria...

Alegria por saber que ela existe,

Saber como encontra-la e falar...

Falar e ouvi-la, olhar nos olhos,

Senti-la perto, quem sabe toca-la.

Agora fecho os olhos sonho...

Sonho estar ao seu lado.

Sinto vontade de gritar...

Gritar seu nome, mas me calo.

Volto à realidade, triste e alegre.

Triste por não estar ao seu lado,

Alegre por saber que existes.

Agora sei que és diferente,

Sendo igual a todos,

És diferente por estares,

Guardada na minha mente,

Gravada no meu coração...

Ernesto Ehmke
Enviado por Ernesto Ehmke em 13/06/2009
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