Memória
Memória inabalável esta que me assombra,
Desfaz minhas mágoas nas paredes enrugadas.
Só assim se explica os remorsos na minha alma
E revelo as falsas almas puras e desdobradas!
Falsidade, crueldade me desgraçam a casa
E descubro a rapidez com que mata os ignorantes!
Sede de vingança, desejo em depois e antes
Para mim são verdades na asa!
Corrompido estou no meu ser enervado;
Nesta cela inquebrável, perdido!
A essência do altruísmo já cede; estou acabado!
Sei que são recordações no meu cérebro definido!
Nas constelações, miragens enegrecidas pelo tempo esgotado...
São memórias que recordo sem rancor, sem rancor sólido!