Uma graça de pequena

UMA GRAÇA DE PEQUENA

Não se recorda o dia,

Sabe-se o mês, junho...

Ela chegou e abafou

Traquinas e pequenita

na casa se instalou

dos móveis se apossou

Em nossos corações

fez a caminha , se aninhou...

E a vida fez-se mais bonita,

em meio a muita bagunça e coco...

Sapatos, meias, jornais, comida das rivais,

e de todo o mais ela se fartou...

Apaixonada por refris, pipocas, balas e pirulitos

alegre e malandra, afeita a agitos,

sem nunca se preocupar com os homens e seus conflitos...

tamanho não tinha, estéticamente isto nunca a preocupou

a carinha pequenina, as orelhas enormes, os olhos verdes

perquirindo o fínito e o infinito...

Nem mesmo chegou a cogitar os gatos, gatos são somente gatos...

Sempre alerta já bradava seu alto e estridente AU AU,

ou seja, respeita, eu sou MAU...

Pagamos a eutanásia, ela percebeu o esquisito,

Mas como fugir da sorte? deu-se continuidade ao final ato...

Morte suave, sem dores, o homem é que é mau...

É só abrir os bolsos meus senhores..........

ADEUS pequena cadela

ADEUS pequena Milena....

Dorothy Carvalho

Goiânia, 19.10.2.000

Dorothy Carvalho
Enviado por Dorothy Carvalho em 28/05/2006
Reeditado em 16/07/2017
Código do texto: T164748
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