SOMENTE UM DIA

Na garganta do silencio

Repousa os anseios

Espalhados por recantos

Desfigurado no medo

Loucamente

Friamente.

Nas montanhas da alma

Estão os velhos navios

Atracados e deixados

Nos altos do vazio

No possível

Não legível.

Debaixo do arco de ouro

Diz um profeta louco

Que tudo é pouco

Quando é dividido

Natural

Irracional.

Querem matar sem arma

Querem sugar sem sangue

Os medos das almas na frente

De tudo um dia foi semente

Particularmente

Virtualmente.

José Borges Neto
Enviado por José Borges Neto em 14/06/2009
Código do texto: T1648751