NO DESENLACE DAS MÃOS
Eu tenho a dor do teu amor comigo
a dor do teu desabrigo
a dor do teu não saber.
Eu tenho a flor do teu sorriso amigo
a flor do teu paraíso
a flor do teu mal-querer.
Inocência confusa
que por vezes brilha
refratando a Luz;
convidando a mão amante
a te guiar por caminhos que só a certeza conduz.
Não temas jamais a Verdade!
Não se perca na cidade
nem nos mares das paixões.
Há tantas borboletas nos olhares
que eu me guarneço nos ares
e vôo de encontro a clarões.
Ilusões cintilam
e, assim, tremulamente brilham.
Mas, Verdades
firmes e perenes frente a face
rutilam.
D.V. 06/2009
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