RELATIVO

Sinto-me como uma pena a voar

Perdido num mundo que não da pra sonhar

Dizendo palavras repetidas no ar

Andando sem rumo sem ter como andar

É triste como isso tente a continuar

A dor no meu peito me condena a rezar

A angustia em minha alma não me deixa respirar

É tão profunda escuridão que eu não posso enxergar.

Dizem-me que sou apenas uma arte

Que não tem sentido em nenhuma parte

Olhando para o medo e com medo da verdade

Tentando mudar um essa humanidade.

Fala-me que não devo falar do mundo

Ouço-me gritar em meu sentimento

Ando hoje e sempre para o mesmo rumo

Sem alma sem medo, sem amor e sem futuro.

José Borges Neto
Enviado por José Borges Neto em 18/06/2009
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