AS CINZAS DAS HORAS

AS CINZAS DAS HORAS

Criação coletiva: Jair Martins / Cléo Velozo / Lúcia Melo / Paulo Viola / Jailson de Oliveira

No asfalto áspero

A película negra

Cobre as pedras

O tempo urge.

O sino toca

Blem!...blem!

Blem!...blem!

O cortejo passa.

Horas que a melancolia

Agita a humanidade

Momentos que nasce a vida

No coração a saudade.

Na vida o cotidiano

Parecendo ironia

A deusa mostra a beleza

E seu amor irradia.

Aos instantes vivos

Dos eternos pensamentos

Formulados ao tempo

Assim se dirigi o afinco dos planos.

E assim vingaram-se os tempos

Numa ânsia se a vida ar flora

Corroendo-se sem contento

Na imensa cinza das horas.

Recife, 11 de novembro de 2008.

Oficina Literária “Manuel Bandeira”

Biblioteca Pública de Casa Amarela

Oficineiro: Poeta Rogério Generoso