MURMURAÇÕES
MURMURAÇÕES
Os rostos se aquecem no beijo que arde.
A lágrima invasora destila emoção.
Em favos de mel a chuva de prata
Povilha as àguas serenas do coração
O sol a brilhar nos caminhos em curva
Detalha as pedras que escondidas estão
Abrigo profundo estão nas cavernas
Refúgio dos que não tem ambição
A flor caída ante o espelho
Chama a borboleta pela dupla visão
Azul os ouriços se fragmentam
Para que a natureza refaça sua criação
Montes, montanhas, barreiras
Esculpidas pelo tempo artesão
Trincam sob os raios das tempestades
Seus leves cristais de areia em erosão.
A tarde recolhe em seus alpendres
O vigor do sol em sua extensão
As nuvem brincam com os formatos
Abrigando nos olhos a ilusão.
Jair Martins 20/12/06 19h