SEM SABER DE NADA

Eu tenho meus sonhos

Diferentes dos seus

Eu vejo teus olhos

Distantes dos meus

Eu vivo com sentimentos

Sentido a falta de Deus.

Nos nunca nos amamos

Apenas viajamos sem saber

Pra onde íamos

E sem saber por que

Perdidos e sem rumos

Com tantos riscos a correr.

Não éramos fortes

Éramos apenas crianças

Loucas e inocentes

Querendo as lembranças

Bebendo vinhos ardentes

Matando aves e serpentes.

Vejo-te de lado

Calma e calada

Não dou mais posso errado

Não se perca nessa estrada

As aves esperam o momento

Para saírem em "revoada".

Os sonhos são esses

Os dias são horas passadas

Os momentos foram aqueles

Os vinhos as deixaram embriagadas

Os gritos não assustam os poucos cadáveres

Os sonhos, momentos, vinhos, gritos, são águas passadas.

José Borges Neto
Enviado por José Borges Neto em 21/06/2009
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