Do Abstrato
Hoje falo do imaginário, pois o real me cala, oprime e confunde. O real me nega!
Hoje sou a abstração da verdade, e nada machuca, fere, sangra.
Lá, no irreal, sou irreprimida.
Não há conceitos, regras, planos ou retas traçadas a seguir.
É curvilíneo e, portanto, surpreendentemente imprevisível.
Lá, sou a cor que me pinto, a forma que me faço.
Sou dez, cem, mil... Aquela, a outra e aquilo.
Sou tudo o que me quero, o que me construo.