Do Abstrato

Hoje falo do imaginário, pois o real me cala, oprime e confunde. O real me nega!

Hoje sou a abstração da verdade, e nada machuca, fere, sangra.

Lá, no irreal, sou irreprimida.

Não há conceitos, regras, planos ou retas traçadas a seguir.

É curvilíneo e, portanto, surpreendentemente imprevisível.

Lá, sou a cor que me pinto, a forma que me faço.

Sou dez, cem, mil... Aquela, a outra e aquilo.

Sou tudo o que me quero, o que me construo.

Cecília Afonso
Enviado por Cecília Afonso em 21/06/2009
Código do texto: T1660704