Compassos

Lá fora a chuva cai

como em qualquer poema

A cada passada que ouço

Meu coração num mal-me-quer

Cortina inerte, janela fechada

Incenso perfumando meu coração aberto

Meia luz, propositalmente deixada

Meu radar a te sentir bem perto

Quando? é esse do peito o aperto

E elas vem novamente

A se misturar

Passam sem se anunciar, descompassadas...

O tempo cria outro sentido

Eternos minutos

Na tv, nem uma flor a me testemunhar

Nada me diverte

Relaxo em minha cama

Começando a curtir a angústia

Da fechadura inerte.

Ricardo Villa Verde
Enviado por Ricardo Villa Verde em 22/06/2009
Reeditado em 22/01/2010
Código do texto: T1661607