Poeta do interior

Por entre os clichês

Você surgiu

Trazendo nos ombros as zombarias

Daqueles que fingem normalidades

Deles já desconverso

E me conecto às tuas divagações

De poeta transcendental

Malabarista de bordel

Cidadão universal

Mentecapto de cordel

A tua boneca espectral

Já sã saíra das sombras

A tua intercontinental ópera de surdos mudos

Sopraram bolinhas de sabão em um grito de silêncio

Que chegou ao meu ouvido de aprendiz

E hoje só quer ouvir

A verdade que vem dos teus olhos viajantes