NÃO SE PODE EVITAR

Não ouve medo que resistisse

Mas alguém me disse que eu partisse

Pois vinha uma nuvem, com raios e trovões,

Era noite, era o dia dos dragões,

Fazerem sua refeição

Fui rápido em outra direção

Mas era tarde

Não podia evitar.

No deserto ao mesmo tempo

Moviam-se montanhas com outro sentido

E os sultões pediam perdão

Todos ilhados, sem ter proteção,

No silencio alguns brincavam de ódio

Outros admiravam o vazio

Sem ter medo de morrer

Sem ter nada pra defender

Sem fazer por querer

Lutam cegos pelo poder.

E tudo termina meio louco

Quase com sentido

Ou apenas pode ser esquecida

A água é glorificada pelos viajantes

Todos eternos amantes

De quem sabe lá o que,

Nem o pra quê,

Sultões ou vulcões

Serras ou peões,

Tudo normal

Um grito trivial.

José Borges Neto
Enviado por José Borges Neto em 24/06/2009
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