Quando um nobre sofre ...

Tanta gente querida, que sofre!

De uma dor não merecida,

De uma dor que não se sacia,

De uma dor que vence o presente!

Ingênua dor...

Que quanto mais se sente homenageada,

Mais se glorifica o ente, a alma por ela habitada!

Perversa dor...

Que quando atinge um pobre (de espírito),

Desperta nele sentimentos outros, tão deprimentes,

Consumindo o coitado que dela se ressente!

Desatenta dor...

Que por vezes lhe falta inteligência e atinge um nobre,

Despertando nele sentimentos outros, tão elevados,

Que é a dor, em seu leito de morte, que tem seus dias contados!

Quando um nobre sofre,

Não há espaço para dor.

Com maestria de menino,

Ele prega peças no destino

E sublima o amor!

(Homenagem a um NOBRE que não se deixa abalar!)

Ieda
Enviado por Ieda em 31/05/2006
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