"Falíveis e Efêmeros"
O que será que impulsiona homens
A agirem como se fossem Deuses?
Onde estaria neles a certeza
De possuir e deter tamanho poder?
Seria o excesso de ego,
Ou o contrário talvez?
Pode ser... Talvez!
Imagino os seres tão ínfimos
Tão fracos,
E mui pequeninos,
Diante da Mãe Natureza,
Diante do seu Criador!
Seres homens e pensantes,
Para tanto têm o raciocínio
Diferentes dos outros seres,
Os chamados irracionais.
Percebo então a grandeza
Quando olho e vejo a pureza
Diante de uma rica pequeneza
Chamada Abelha ou Borboleta.
Uma formiga, um passarinho,
Ou apenas uma simples Flor!
Uma gota de chuva consegue ser
Maior que qualquer um de nós!
Imagino o planeta sem água
Calando aos poucos a nossa voz.
Com quem estamos a falar,
Quando estamos diante de seres
Que tomam pra si os poderes?
Nesse mundo repleto de fome,
Que sucumbi à dor das guerras,
Seria hora de parar...
Parar um pouco e pensar...
Refletir no imenso Globo
Que nos fez globalizados
Para melhor repartirmos o pão.
Ou será que ora mudou,
E não consta mais do plano de ação?
Então é hora de parar o circo,
Descer o pano, fechar a cortina!
Dispensar o palhaço,
E negar um abraço,
O viver é coisa séria!
Se pensarmos um pouquinho veremos:
Não temos nada, nem ninguém,
Não somos nada também!
Seres falíveis e efêmeros,
Todos somos e esquecemos.
E então o que fazemos?
Ou melhor, o que faremos?
Eliana Braga
Gaivot@
31/05/06 - 15:00h
Campinas/SP
Brasil