RUMOS

Agitada por profundo tédio olho caminhos.
Esqueço adivinhar quem ele acaricia e aflora,
Ou como vibrando beija e transforma no ponto mais ínfimo.
 
Pluma deslizando pela coluna pendura cataratas
Língua levantando epiderme; antecipando prazerias.
Íntimos músculos batendo no ritmo de coração latejante.
 
Só lembranças; o túmulo cada vez mais frio.
A cada minuto pesa outra pá na cova de qualquer sonho.
Minha alma não tem onde atracar; meu corpo onde sentir.
 
Ergo a taça de champagne a quem ele ama.
Serão rumos ligeiros ou caminhos ressentidos?
Que importa! Para quem me vê sou fortaleza alegre e cheia.


Rosa DeSouza
Enviado por Rosa DeSouza em 29/06/2009
Reeditado em 06/07/2009
Código do texto: T1673595