INVENTÁRIO

Perdi o bonde da história

Não achei o fio da meada

Cheguei em plena madrugada

A voz na garganta entalada

Duvidei dos deuses expostos no altar

Tantas almas a se sacrificar

E tão poucos a louvar...

Ajoelhei e rezei...

Alah não escutou,

Buda fingiu que não ouviu

Profanei o templo de mim mesma

E fui professar outros credos

Emoldurei minha foto e sob ela

Meu epitáfio, eu coloquei

Rest in peace, alma sedenta

Deixou-te levar pelas falsas pedras

Bem feito, agora sofres...

Busca em teu leito jazente

O bálsamo as tuas chagas

Levante teus olhos de águia aos céus

Lá em cima, há um Deus que te ama

Que te chama...que te atende...

Quando por Ele clamas!!!

Denise