Risque o chão da terra

Risque o chão da terra, com sua espada forjada de fibras de atitude,

desbrave o caminho onde se encontram os relevantes,

passe pelas trilhas dos cavaleiros itinerantes.

Ache os lugares onde se instalaram os grandes guerreiros da história

puxe sua lona e fiquem dias inteiros, leia o manual de coragem,

ande na corda bamba e expresse vontade e glória.

Sinta a voz do vento que vem das montanhas e cordilheiras

lembre-se dos heróis que fizeram a inconfidência mineira.

Sente nas escadarias das igrejas e conte casos,

divirta com os moldes e acasos,

Conquiste lugares compassivos,

vista suas roupas de folia de reis de cores brilhantes,

participe da festa dos ativos.

Quando quiser partir, fiquem mais alguns instantes,

nunca chore sem lagrimas, e quando partir ache motivos,

converse como nossos palhaços, nem que seja em rimas,

escute os conselhos dos velhos moradores cativos,

Pegue sua espada forjada de fibras de atitude,

crie seu texto e elabore sua cena,

grite, esbraveje e mostre virtude,

quando os sentidos se expressam tudo amena.

Vai e um dia volte, pelo chão da nossa terra,

Pois quem desvenda não precisa de convite,

O que ta preso, solte e reinvente uma nova era.

Essa é umas das poesias que confeccionei para o concurso de poesias para o "Festival de inverno de Mariana e Ouro Preto 2009" cujo tema vislumbra; "O chão da nossa terra" homenagem ao "Clube da esquina" de Milton Nascimento, Lô Borges e companhia.