VAGA-LUME EM VERSO

Com a taça na mão
O punho em riste
A boca rubra em brasa
E as retinas cintilantes
Beijo a flor púrpura
No jardim das delícias.
O vaga-lume lume na penumbra densa
Como estou intenso
No apelo silencioso
Em que aspiro o incenso
No rosto radioso
Em que te percebo
Inebria-me o cálice
Do licor que bebo.

À luz d’aurora colibris gorjeiam
Canários solenes, galos de campina
No jardim da esquina
No arvoredo entre flores
Madrigal de amores
Do ontem lavo as cinzas
Na porção do agora
Lambuzo-me, bebo
Lanço-me lá fora
E o mundo me assiste
Mas por que estou triste?
(Meu sonho me enlaça)
Porque ao erguer mi’a taça
Vejo que estou só.
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 04/07/2009
Reeditado em 20/04/2012
Código do texto: T1682530
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