Rebeldia da Insanidade

Luz obscura do desejo

Que vem descontroladamente

Ascender a paixão.

Fogo ardente que se alastra

Nas veias do coração,

É o amor que eu sinto por você

Dizendo à essência dos sonhos

Que é a poesia deste momento.

Mas sentir um amor sozinho

Querendo apenas carinho

Dói muito no peito

Sem você por perto.

È complicado viver

Olhando-a daqui

Sem tocar e não sentir,

Sem chorar e não sofrer.

Tudo pertence ao mecanismo

De uma solidão:

É timidez eu sei...

Mas não adianta procurar

Respostas a um olhar

Que ainda não aprendeu piscar.

Isso é forte demais

Para alguém que não

Sabe de onde vem

A força de uma paixão.

Mas quem sabe?

Pode ser de uma amizade,

Do coração,

Ou até mesmo do nada.

Será que não há

Ninguém com a chave

Do cadeado amar?

Provavelmente jogaram no mar!

Deve ser por isso que dizem:

O mar esconde chaves preciosas.

O que você faria

Com uma saudade?

Apenas sentiria sofrendo e se anulando

Ou esqueceria esta verdade?

Às vezes é difícil

Viver esta situação:

Gostar de alguém

Mas não receber carinho

E viver numa ilusão.

Num longo período

O tempo não passa,

Fica apenas retida

No interior da retina

A lembrança de uma menina.

Nada tem a ver com a dor

E muito menos com amor

Mas fica sempre uma saudade

Que não se consegue

Descobrir se é apenas amizade.

De longe eu vejo estrelas

Que brilham no universo

De pequenas palavras:

Seus olhos distintos.

Em mais uma lembrança

Eles fazem a inspiração

Deste simples texto escrito

Numa noite fria.

Na música do coração

O amor é um bálsamo

Que eu sinto em poesia.

Isso pode até ser uma hipérbole,

Mas os seus olhos são

Como o nascimento de uma constelação.

O cadeado amar

Prende-me a esta inspiração;

Declamar o que se sente

Através de uma poesia

É virtude de poeta

Que traz consigo

Um melancólico eu-lírico.

O anulamento do coração

É decorrente do tempo

Que me traz a constante

E degenerativa ilusão.

A saudade desliza-se no infinito

Por isso a melancolia é tão duradoura

Quanto o negativismo da paixão.

Sentimento confuso no coração!

O amor que parece dizer:

-A dor só me faz sofrer,

Então isso não é amor.

É paixão.

Rebeldia da insanidade!

A dor que parece dizer:

-Eu amo você;

Então isso não é dor.

È ilusão.

Caminho sem volta e direção!

Aquela velha história

De que eu gosto dela

Não está mais aqui.

Era como viajar o infinito

E depois voltar

Dizendo amor belo e bonito.

Mas já passou como água

Que desce a corredeira

E vai caminhando

Em sentido à cachoeira.

Não quero mais pensar

Que algum dia vou voltar

P'ro infinito viajar.

Não quero mais olhar

O belo do seu coração,

Isso só me fez sofrer.

Mas não se esqueça de mim.

Bruno Marques
Enviado por Bruno Marques em 03/06/2006
Código do texto: T168406