NAS SOMBRAS DO MEDO

Medos se esgueiram pelas sombras,
No aprazível das caminhadas à noite.
Medos se escondem, fogem afoitos,
Nas veredas, nos corações em açoite.

Medos guardados, replicados nos sonhos.
Infartos de verdades ocultas na pele.
Medos se vão nos noturnos sorrisos,
Largados no momento em que se revele.

Acaso, os medos são, assim, tão nefastos?
Devassos, corroendo o que se tem - esperança.
Medos que assolam o ser ainda intocado,
Nas vivências e nos sonhos de uma criança.