ÚLTIMA FLOR DO JASMINZEIRO
Branco.
O dia amanheceu descorado,
Pálido.
Há ferrugem na tranca.
O jasminzeiro roça a janela.
Quase não pouso os pés
No chão... frio.
De forma cortês, mas sem brio
Os cabelos escorrem em viés.
Lá fora, o jasminzeiro.
Não balança,
Não há vento!
Suspiram os dois, sem tento
O jasminzeiro e a figura branca.
Última flor do jasminzeiro.
Prestes a despetalar-se
Cessaram as chuvas
Deixando uma leve angústia
E o vento longe sem aquietar-se.