Manuela

Manuela

Teu olhar é como a manhã

aurora repentina

que colore minha noite vã

com o brilho na retina

Mas és mil vezes mais bela

que a estrela mais bela

és motivo de inveja no infinito,

Manuela...

E tuas mãos são mais finas

que a seda da primavera

e são cruéis,mãos de menina

que deixam sempre na espera

Mas mesmo assim és mais pura

que a rosa da minha janela

Dulcíssima Manuela...

E teu rosto tem a altivez

de uma heroína de guerra

que traz marcada na tez

a beleza que a encerra

Mas não és feia

como os bustos antigos

das princesas banguelas

Inigualável Manuela...

E tua boca é tão ardente

que furta todos sentidos

como um verão adolescente

que dá o prazer bandido

Mas teu beijo é mais cálido

que o beijo pávido

das adolescentes quase donzelas

Não é mesmo Manuela?

Porém tua mente é tão confusa

quanto a cor de um brasleiro

camaleão que usa

de mil disfarces aventureiros

E é assim mesmo que eu te amo

na confusão de tua mente sem cela

Libérrima Manuela.

Tito Livio Lisboa
Enviado por Tito Livio Lisboa em 07/07/2009
Código do texto: T1686961