O gado
Começa outro dia
Sempre a mesma rotina
O que a vida nos ensina,
São rostos diferentes a mesma cena
Cada qual com seu problema,
De tristeza ou alegria
Caminham feito gado
Que puxa um arado,
Sem saber da força que tem
Para mudar a realidade,
E que não fazem nada porém,
Para livrar-se da insanidade
De um verdugo louco,
Com um chicote na mão
Agitando no ar
Como politico ladrao
Lhes obrigando a aceitar
O que de muito pouco
lhes tem para dar,
É governo prometendo
O paraíso aqui na terra,
Se eleito esta pouco se fodendo
Se o povo esta sofrendo,
E o paraíso prometido
Fica simplesmente esquecido
Em meio a traficantes
Ladrões e farsantes
Que fazem sua guerra,
Enquanto a polícia mata
O pacato cidadão,
Bem la no alto do morro
O senhor maldito ladrão
É chamado de patrao
É coisa fina, a pura nata,
O verdadeiro Zorro
Do lado contrário
É violento e temerário,
Quando não obedecido
Manda bala num coitado
Deixando muito agradecido
O agente funerário,
É nos que somos o gado
Não devemos aceitar o legado
De puxarmos a vida inteira
Este pesado arado
E aceitar a enorme robalheira
Destes ladrões políticos
Desgraçados paralíticos,
Que sem medo, sem razão,
Estão acabando com a nação,
Meu protesto aqui anoto,
Para acabarmos com essa lambança
Só nos resta a digna esperança
Na força que tem o nosso voto.