O que fizeram com o amor?

O que o nosso século

fez com o amor?

Vou pensar, então, em cada verso

sobre esse sentimento que mudou...

Falam, para mim,

que o que sinto não é amor!

Se não é,

faço questão de continuar “seco”.

Por isso, vou comparar

o que sentimos.

O leitor escolherá rimar

aquele que se aproximar dos seus sentidos.

Pois, se o amor

está relacionado à aparência,

Sempre nutrirei dor

e paciência.

Se ele for cobrado, então,

o que acontecerá com o casal?

A pobreza sempre causará separação

e será a inimiga do processo matrimonial.

Se ele envolver traição,

acho que erraram ainda mais.

Quem ama não trai o coração, jamais.

Se ele virou negócio,

tenho certeza de que deixou de existir.

Porque não consigo ser sócio

do meu sentir.

Se não é idealizado,

um outro sacrilégio vão cometer.

Irão matar todos os poetas e os amados

que sabem o sentido do viver.

Enfim, concluí que não sei amar

em nossos dias. Até porque o errar

nos ensina a inexplicável arte dessa maravilha.

Rômulo Souza
Enviado por Rômulo Souza em 09/07/2009
Reeditado em 25/07/2011
Código do texto: T1689805
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