A Verdade

Ainda não sei nada

Se souber não me parece o suficiente

A cada fala, a cada boca de esquina, língua.

A palavra nem sempre dita aparece

Das frestas, no momento oportuno

A novidade exala o seu cheiro de terra molhada

O que precisa o homem para que ela o acompanhe?

Precisaria a índole de uma mãe?

Um simples desabafo de ébrios, putas, velhos

Broto comum no infante de pijamas azuis

Derroca estruturas, rasgando prédios como papel

Insígnia de um Tao de cumplicidade e desgraça

Mito da felicidade eterna

O medo, a morte, a fuga do paraíso

A cada hora aparecem novas pistas

A cada minuto confidencias revelam

Segundos do teu sorriso contraditório

O revelado afunda barcos de esperança

Ou mesmo que nos revele o santo gral

A todo tempo que te provoco a mostrar-se

Apareces como camaleão de fantoche mexicano.