Perguntaram-me da beleza de escrever.



Tentarei responder.

Contento-me com
muito pouco.
Contento-me com as saudades
das doces lembranças
como se “eu” não existisse mais.
E elas me entorpecem nesta
intrigante magia
da poesia.

Perguntam-me como escrever.
Não sei responder.
Perguntaram-me da leveza...
Muito mais doce e belo, é ler.

Escrever é expor o seu interior.
Lembrar de um olhar e apenas
sonhar.
Buscar, o que sabemos jamais existir.
É um doce despertar do que jamais será.

Lembranças jamais vividas.
Às vezes nem sofridas, é o que
jamais serei.
Como dizer?
Olhares que minh’alma invade.
“É dor, que sufoca e conforta”.