O egoísta

Sou eu o meu cruel algoz,

O carrasco da minha alma

Do meu espírito que não acalma,

Perdido vagando na escuridão

Amarrado as correntes da solidão,

Perseguido por minha própria voz.

Sou eu o dono da verdade,

Apontando o dedo para meu irmão

Querendo lhe indicar a direção,

Como se o rumo correto para mim

Devesse ser o dele enfim,

Mesmo contra sua vontade.

Sou eu o infinito do conhecimento,

O homem que tudo sabe

Que de soberba em si não cabe,

Aquele que não se importa

Quer apenas cerrar a porta

Do seu próprio sofrimento.

Hoje entendi que não sou o maquinista,

Nem controlo o rumo desta locomotiva

Da minha vida frágil e improdutiva,

E que nos caminhos desta jornada

Devo aprender que não serei nada,

Se não deixar de ser um egoísta.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 13/07/2009
Código do texto: T1696914
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