Pátria Mãe Subjugada

Pátria Mãe Subjugada

Pátria mãe, culto de castas

Reduto de quem devasta

A pobre mão de quem luta

Senzala da força escrava

Podre poder que se lava

No suor de quem labuta

A riqueza impertinente

Cobiçada, onipresente

Nos vis gabinetes faustos

Como força que devora

Essa gente que implora

O fim do novo holocausto

Pátria mãe, ré combalida

Roubada, subtraída

Pela sede do nefasto

Que arranca da barriga

O labor de quem mendiga

O pão nosso, seu repasto

Leis parciais, indolentes

Radicais e complacentes

Destroços de rigidez

A casta da impunidade

Reserva às autoridades

Os benefícios das leis

Inquestionáveis poderes

Que conduz os pobres seres

Em manadas indigentes

Exterminando os valores

Com avidez de predadores

E á guisa das serpentes

Pátria mãe subjugada

Ostenta despudorada

Injustiça e improbidade

Silencia a voz da massa

Que cala sob a mordaça

Seu clamor por liberdade!

Heliodoro Morais
Enviado por Heliodoro Morais em 13/07/2009
Reeditado em 13/07/2009
Código do texto: T1697412