Taça de fel

Eu sorverei a amarga taça

Que tua mão assim oferece,

E tão cheia de amor parece

Enganas no que quer que faça.

Derramarei todo o meu pranto

No sagrado manto de Maria,

Para que o fantasma da noite fria

Não seja parte na melodia do meu canto.

Não dissipe minha dor o vento

Para que se vá e fique esquecida

Como poesia atirada ao relento,

Porque se desejas amargurar-me a vida

Ó mulher vil de desgraça parida,

Que Deus a demova do seu intento.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 14/07/2009
Reeditado em 14/07/2009
Código do texto: T1698623
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