Para Faulkner.

O silencio que busco quer a paz

Mas se calo me escapa a força bruta.

Minha alma desencanta e pede mais,

Sedenta cede à dor e pede a luta...

Um grito destroçado se desfaz

Selvagem como a fúria das disputas;

Um espírito escravo e incapaz,

Pede perdão, porém a mão refuta.

Esta causa retrata a paz maldita

A esperança que vaga na desgraça

Mas a alma despedaça na desdita.

Neste deserto morto sou carcaça

Retalho meus sonhos, tal adaga,

Um beijo para o luto e furto a paga!