Desabafo
Eu passo todos os dias
De minha curta vida
Imaginando como essa vida
Seria em futuros dias
Perco minutos preciosos
Sonhando acordada feito boba
E me olho no espelho
Procurando algumas respostas
Mas as respostas que consigo
São todas iguais
Desesperadas e infantis
Perdidas em sonhos inacabados
De idéias que não concretizei
E me pego olhando para a chuva
Como da última vez
E me pergunto se sou eu
Ou é apenas o céu sob mim
E me pergunto novamente
Sobre coisas que não posso saber
E prendo na solidão
E me afogo em lágrimas sem sentido
E morro...
Por não poder morrer...
E todo aquele medo
Que pensei ter deixado no passado
Volta como represa quebrada
Inundando meus pensamentos
Maculando o meu ser
Despedaçando a minha mente...
Rasgando meu coração...
E não entendo mais o que escrevo
Ou o que falo
Ou mesmo os meus atos
E me torno alucinada
Louca desvairada
Perdida novamente
Sozinah na estrada...
E meus olhos se tornam dúbios
E minha vontade se evapora
E o escuro me domina
E eu escrevo sobre o tempo lá fora...