O sono das Rosas

a cidade não dorme

no entanto, é preciso ninar o Poema

as pedras transpiram liberdade

os sonhos vagam na noite

poetas espalham-se feito

pólen no vento

e as luzes, nem sempre da ribalta,

madrugada afora chovem cascalhos

cheios de silêncios

o Poeta finge adormecer

cerrando as janelas de sua alma

que por dentro da retina faíscam vida

também silenciosas

no coração pulsante da Avenida

para que, enfim,

descansem as Rosas.

Lúcia Gönczy

Lúcia Gonczy
Enviado por Lúcia Gonczy em 16/07/2009
Código do texto: T1702707
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